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Telegram, o concorrente do WhatsApp. Será que esse respeita sua privacidade?

por Equipe do Gr@tis em 30/01/2021
Descubra como desconhecimento e ingenuidade, por parte dos governos e da população, facilitam a coleta e armazenamento de dados privados de terceiros.

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Recentemente a WhatsApp, adquirida em 2014 pela Facebook, divulgou mudanças em sua política de privacidade ocasionando uma debandada de usuários que passaram a utilizar outros aplicativos para se comunicarem, como por exemplo o Telegram.

O Telegram é um mensageiro instantâneo que possui versões para computadores (PC/Mac/Linux), tablets e celulares (Android e iOS). Além do recurso básico de mensagem de texto, permite enviar mensagens gravadas de voz, trocar arquivos (fotos, vídeos) e até mesmo realizar chamadas ao vivo de voz e vídeo, utilizando a sua conexão Internet.

Similar ao WhatsApp captura e armazena o número do seu telefone e de seus contatos nos servidores da Telegram, para dessa forma cruzar dados e descobrir quais dos seus contatos também possuem Telegram. 

Assim como WhatsApp, Google, Facebook e outros, essa empresa prega respeito à privacidade, mas todas elas praticam o inverso, já que coletam e armazenam em seus servidores dados privados, como números de telefone e isso é absolutamente desnecessário do ponto de vista técnico. Essas empresas poderiam gerar números de identificação para novos clientes, sem que eles precisassem se identificar, porém nenhuma delas faz isso. Essa coleta de números de telefones possibilita o cruzamento de dados e espionagem de indivíduos e corporações em larga escala. Além disso as conversas também podem ser capturadas bem como todos os arquivos trocados nas conversas.

A equipe de desenvolvimento do Telegram está sediada em Dubai, um Estado Islâmico comandado por um Sheik, e os responsáveis pela empresa são dois irmãos Russos, Pavel Durov e Nikolai Valeryevich Durov. São os mesmos criadores da rede social VK, um clone russo do Facebook. A maioria dos programadores da Telegram que trabalham em Dubai são originalmente de São Petersburgo, na Russia. Segundo a própria Telegram explica, a razão da mudança pra Dubai foi pra escapar da legislação Russa, mas não deixa claro qual ponto da legislação Russa sobre Tecnologia da Informação eles violam. (Fonte: https://telegram.org/faq em 30/01/2021)

Além de capturar seu número de telefone, o que todos aplicativos esses aplicativos tem em comum é o fato de pedirem à você permissão para acessar os seus contatos. Esse pedido é esdrúxulo, uma vez que os dados das pessoas em sua agenda não são seus, mas sim dos próprios contatos. Você não tem o direito de autorizar a coleta e utilização de dados de um contato seu, sem que ele fique sabendo e sem que ele tenha autorizado (no Brasil, vide Lei 12257). Se alguém reclamar que teve seus dados espalhados sem autorização, esses aplicativos que coletam os dados dos seus contatos podem tentar alegar que são "terceiros de boa-fé", já que foi você que autorizou e forneceu os dados. 

Cabe notar que esse abuso (ingenuidade? irresponsabilidade?) já parte da empresa que criou o sistema operacional utilizado no dispositivo, ao possibilitar que aplicativos tenham acesso aos dados privados de todos os contatos do usuário, após um pedido de permissão simplista. Esse pedido de permissão sequer deveria existir, uma vez que não cabe ao usuário autorizar o acesso à dados que não são dele.

Essa prática de coleta massiva de dados, faz com que ninguém consiga escapar disso. Mesmo uma pessoa que não tem esses aplicativos, ou que sequer tenha celular, acaba tendo seus dados nas mãos dessas empresas porque alguma outra pessoa que a conhece os forneceu.

Enquanto não surgir um aplicativo de mensagens que permita ao usuário ficar anônimo e trafegar seus dados de forma direta entre as partes da conversa, sem coletar dados pessoais e sem passar por servidores dessas empresas, nossa recomendação é que você utilize aplicativos cuja sede da empresa responsável esteja localizada em países onde haja um controle mais rígido sobre o uso e coleta de dados, como por exemplo na China ou em países da Europa.

Tomem cuidado.

Um forte abraço,

Equipe do Gr@tis
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 "Um ponto negativo é a não possibilidade de personalizar visualmente como o whatsapp. Sobre tudo, fonte. Que não fica grande." - Costajunior, associado há 19 anos.

 "Então os governos dos países, pelos quais permutam informações pessoais, dos seus utilizadores, por estarem na internet, intranet, ou outra existente, pecam por saberem e não comunicarem nada a respeito aos usuários, uma vez que é grátis." - Marcelo, associado há 11 anos e 162 dias.

 "O telegram tem seu código fonte aberto. Existem forks do projeto, mas quem não sabe programar sempre sempre dependerá da boa fé de quem programou. Também, quem não desenvolve hardwares IoT, ficará a mercê de quem desenvolve etc." - Italo, associado há 15 anos.

 "O Telegram e o Signal são programas abertos e fácil de modificar." - Pedro, usuário VIP, associado há 20 anos e 26 dias.

 "Não é só nas redes sociais que se perde a privacidade. Não gosto muito delas, mas uso algumas. Tem certas utilidade, que compensam a falta de privacidade." - Manuel, associado há 11 anos.

 "É bom esperar mais um pouco para ver se realmente esse Telegram vai fazer a diferença." - Jose, associado há 11 anos e 85 dias.


"Estou ansioso para ver a nova versão do Gr@tis. Por isso, Richard, não demore. Tenho certeza de que não me surpreenderei com o que virá, tendo em vista que conheço o seu potencial. " - Bruno Parodi - iBest

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